domingo, 26 de abril de 2009

Futebol Supermercado



Nesse mundo mercadoria, as partidas de futebol são como supermercados, o campo a prateleira e os jogadores, mercadorias.
Marcas são criadas, muitas vezes, sem a comprovação da qualidade.
Neimar é uma delas.
Vagner Ribeiro garantiu que ele driblava como Robinho e definia a jogada como Kaká.
Vendeu isso em programas de futebol.
Muita gente acreditou. Sim por quê não podemos nos esquecer que os jogadores também são mercadorias da mídia. Se eles não empolgarem, não atrairão seguidores e, compradores de notícias, audiência para a televisão, etc.
O "novo craque" é o chamado Fato Novo.
Por isso, a imprensa gosta de criar falsos craques, concretizando uma parceria com os empresários.
Oxalá Neimar consiga fazer como Robinho e Kaká e chutar o empresário para escanteio, assim que obtiver sucesso em sua carreira.

Alguns deveriam chutar seus clientes...
Fico pensando em Gilmar Rinaldi.
Adriano falou, várias vezes, que seu empresário era seu segundo pai.
Gilmar deve ter ganhado muito dinheiro com Adriano.
Este tem dado apenas prejuízo para ele nos últimos anos. Principalmente à sua imagem.
Acredito que o empresário é demasiado sério para ficar paparicando o menino mimado que é Adriano.
Por outro lado, com todos os milhões de dólares que já ganhou, Adriano é vítima do mundo da mercadoria que, por outro lado, sugou tudo que este mundo lhe ofereceu, e abandonou em seguida.
Sim, acho Adriano um menino mimado. Por outro lado, penso: se todo o mundo do "sportbusiness" rejeita o atleta após sugar toda sua energia, por quê o jogador não pode abandonar essa estrutura de repente?
O problema é que Adriano talvez não tenha essa consciência.
Seguramente não tem.
A foto com Belo retrata bem essa relação:
Adriano continua no mundo do espetáculo, sendo produto, ele mesmo. ele não abandonou o esporte para "andar sem camisa pela favela", como dissera, mas sim para aproveitar os louros de ser um produto, ser consumido e consumir.

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